Como desenvolver a mediunidade sozinho? Aprenda agora!

Mergulho Interior

Neste artigo você vai aprender como desenvolver a mediunidade sozinho e de uma forma bastante prática e intuitiva, sem precisar de uma religião ou dogmas. Aqui, primeiramente vamos definir o que é mediunidade para depois entrarmos nos exercícios e práticas que despertarão essa capacidade NATURAL e LATENTE que todos os seres humanos têm.

O que é mediunidade?

A mediunidade é a capacidade dos seres humanos sentirem em maior ou menor grau as influências do plano espiritual. O médium é intermediário entre o plano físico e o plano espiritual, realizando um intercâmbio de conhecimento entre o espiritual e o material.

Portanto, se você sente as energias ou vibrações espirituais, você é médium. Segundo Allan Kardec, o codificador da Doutrina Espírita (Espiritismo) , todos os seres humanos são médiuns.

No entanto, o termo médium é muito mais utilizado para tratar as pessoas que possuem um grau de mediunidade mais acentuado e que percebem as influências espirituais de uma maneira ostensiva. Todos são médiuns, mas nem todos tem essa capacidade totalmente desenvolvida.

Esta capacidade de intercâmbio espiritual pode trazer inúmeros benefícios se for bem desenvolvida e trabalhada a partir de estudos com bases bem estruturadas. No entanto, ela pode ser uma enorme fonte de problemas caso esteja descontrolada, levando a um processo obsessivo grave.

E nesse cenário temos certeza que você talvez já se pegou pensando:

  • Será possível eu desenvolver a minha mediunidade sozinha?
  • Como saber se eu tenho mediunidade?
  • Como desenvolver essa capacidade mediúnica sem aderir a uma religião e frequentar um templo, centro de umbanda, candomblé ou espírita kardecista?”

Você encontrará a resposta para estas perguntas ao longo deste artigo. Então, sem mais delongas, vamos lá!

Tipos de mediunidade mais comuns

Antes de adentrarmos no desenvolvimento mediúnico, é pertinente explicarmos um pouco sobre os principais tipos de mediunidade. Afinal, muitas pessoas tem dúvidas sobre as formas de manifestação da mediunidade.

Médiuns Falantes e de incorporação

Os médiuns falantes são os que têm a capacidade de servirem como instrumento para que os espíritos ou entidades espirituais possam se comunicar utilizando os órgãos vocais ou a capacidade motora do médium. Geralmente se chama de médium de incorporação o médium que sofre incorporação e passa a falar ou se mover sob influência direta do espírito comunicante. Muitas pessoas podem não saber que são médiuns de incorporação e nem desconfiam que seus sintomas denotam a necessidade de desenvolver esta capacidade e promover um amadurecimento da mediunidade.

Médiuns Videntes

Os possuidores da mediunidade de vidência conseguem ver espíritos, auras e energias mesmo quando estão acordados. Porém, a maioria dos médiuns videntes enxerga entidades somente quando se encontra em um estado de receptividade propício ao fenômeno. Esta capacidade, quando não desenvolvida, proporciona sintomas, sinais e visões de uma forma errática. Ou seja, as visões podem acontecer em intervalos irregulares de tempo e sem nenhum controle por parte do médium.

Médiuns Audientes

São os médiuns que podem ouvir vozes de espíritos ou de outras entidades espirituais. Como em todos os casos de mediunidade não desenvolvida, podem ocorrer irregularidades nas percepções, fazendo com que o médium não tenha controle sobre sua capacidade. Nestes casos, o trabalho mediúnico, a autocrítica e a reforma moral se tornam ainda mais importantes.

Médiuns Curadores

Este tipo de mediunidade consiste na capacidade de um médium curar pessoas ou outros organismos vivos com a simples aplicação de passes, gestos, toques ou olhares. No geral, os espíritos utilizam os fluidos magnéticos do médium para causar os fenômenos da cura. Mas também é possível que um médium de cura manipule seus próprios fluidos magnéticos com a utilização de sua própria Vontade.

Médiuns Sensitivos

Este tipo de médium é o que possui uma acentuada sensibilidade para as energias espirituais, agindo como uma antena aberta para as frequências espirituais e sentindo as diversas emanações dos planos espirituais. Assim, um médium sensitivo pode sentir , por exemplo, o que pessoas e espíritos sentem, experienciando suas emoções, dores e pensamentos.

Além destes 5 tipos principais de mediunidade existem muitos outros. O assunto é vastamente tratado na Codificação Espírita. Neste artigo abordamos o assunto de uma forma simplificada para facilitar a compreensão. Além disso, o conhecimento passado aqui é baseado na experiência pessoal e nos estudos do autor, não tendo como foco a Doutrina Espírita.

Desenvolver a mediunidade sozinho é possível para todas as pessoas ?

Sim, é possível desenvolver os poderes psíquicos e a mediunidade sozinha e sem seguir uma doutrina ou dogma em específico. Afinal, a habilidade mediúnica é inerente a todos os seres humanos e só não é percebida quando está em estado latente, ou seja, adormecida.

O desenvolvimento mediúnico e psíquico tem sido feito por muitos há bastante tempo, não sendo exclusividade de uma única doutrina religiosa. Por exemplo, profetas e santos curadores já agem mediunicamente dentro das grandes religiões mundiais.

Em muitos casos, eles propiciam fenômenos que conhecemos bastante, mostrando serem capazes de diversas façanhas espirituais. Dentre elas, uma das mais comuns é a imposição de mãos ou passe espiritual (que também vemos em centros espíritas).

Além disso, o povo indígena sempre se utilizou desta capacidade nas suas buscas espirituais. Os xamãs, por exemplo, entram em transes induzidos por diversas técnicas, como o uso de alucinógenos e o jejum, produzindo curas e explorando a realidade espiritual.

Diante de todos esses fatos, podemos perceber que os poderes psíquicos e a mediunidade são poderes naturais que permitem o conhecimento do que é invisível, etérico e espiritual. Todos nós temos estas habilidades que só precisam de um treinamento sério com práticas mediúnicas para que possam aflorar.

As dificuldades em se desenvolver a mediunidade sozinho

No entanto, nós sabemos que o estudante pode acabar desanimando ou até mesmo tendo medo da mediunidade depois de pesquisar muito. Afinal, na internet encontramos advertências e mais advertências relativas aos perigos do desenvolvimento mediúnico sem orientação.

Esse medo é natural, mas deve ser dissipado! Isso porque você terá muito mais controle das suas faculdades espirituais e sensoriais, deixando de ser mais uma “vítima” de quaisquer influências negativas no desenvolvimento mediúnico. Afinal, ter medo de pessoas mortas ou de algum tipo de espírito obsessor não resolve o problema. É preciso agir para solucionar estas questões sem fugir delas.

Lembre-se que quando falamos em desenvolver a mediunidade, precisamos sair um pouco do escopo espírita. Devemos compreender que o desenvolvimento mediúnico não se resume somente ao contato com os mortos.

Na realidade, no mundo espiritual existem muitos mais seres do que simplesmente os “desencarnados”, tais como as formas-pensamento e as diversas energias que compõem o universo. Curioso, né?

No fundo, no fundo, o que realmente acontecerá com o praticante do desenvolvimento psíquico é a posição de PODER perante a vida. Afinal, esse treinamento trará um grande autocontrole sobre sua mediunidade.

Isso, por sua vez, permitirá que ele perceba os próprios sentimentos e consiga diferenciá-los das influências espirituais externas. Assim, ele não será um mero “robô” frente ao mundo espiritual, mas sim o senhor da própria existência.

Se você dedicar tempo, estudo e um treinamento sério ao desenvolvimento psíquico, a mediunidade pode se tornar sua melhor aliada na longa caminhada evolutiva. E essa mesma lógica funciona em qualquer âmbito de estudo na sua vida.

Aliás, vale ressaltar que estamos falando do desenvolvimento das capacidades naturais que todo ser humano possui, quando falamos em desenvolvimento psíquico – mas que normalmente estão em estado de dormência. Dentre elas, podemos citar a mediunidade, clarividência, clariaudiência, sensitividade, mediunidade olfativa, auditiva etc.

Minha experiência na busca de como desenvolver a mediunidade

Trazendo um aspecto pessoal aqui neste artigo, devo ressaltar algo que percebi depois de alguns anos neste caminho espiritual. Por eu possuir mediunidade sensitiva, de cura e clarividência, acabei passando por algumas doutrinas e fui vendo que muita coisa me servia, mas que a maioria delas era só ruído que me distraia do ponto principal.

Até que comecei a pesquisar as habilidades psíquicas dentro da linha esotérica, também conhecida como ocultismo ou misticismo. E foi nesse campo onde obtive os melhores resultados no desenvolvimento das minhas habilidades psíquicas e mediúnicas, desenvolvendo o autodomínio.

Consegui ter acesso à obras fantásticas que tratam do desenvolvimento psíquico, mediunidade e assuntos correlatos, porém com roupagens diferentes do que é comumente tratado no espiritismo e até mesmo com métodos e filosofias extremamente alheias à ideia de mediunidade, tal como encontramos atualmente no Brasil.

Basicamente, quando pesquisamos sobre mediunidade no Google encontramos dezenas de sites espíritas com seus dogmas. Não estou criticando a visão espírita, fui espírita por muitos anos e acredito que este seja um ótimo caminho.

No entanto, algumas pessoas não tem afinidade com um caminho mais “dogmático” e precisam encontrar formas de se desenvolver fora das “regras” das doutrinas religiosas. Afinal, nem todo mundo se sente confortável nos mesmos locais.

Pensando por esse lado, um grande problema é que existe pouco material prático. Porém, quando nos focamos nos autores ocultistas ou místicos mais clássicos, encontramos um acervo de práticas e guias tão grande que faz qualquer estudante cair da cadeira de tanta emoção!

Livro 1 – Magia Prática – Franz Bardon (Nome em inglês: “Initiation Into Hermetics”)

Este livro é uma mina de ouro para os curiosos de plantão e para os que buscam a evolução psíquica prática totalmente “sozinho” no conforto do seu lar! O livro conta com um treinamento completo para desenvolver seus poderes psíquicos abordando temas como clarividência, clariaudiência, mediunidade sensitiva, intuitiva, de cura, viagem astral etc.

Caso não queira ler o livro inteiro (é uma pena!), siga o índice e faça os exercícios. Preferencialmente desde os iniciais de concentração aos mais avançados, nos quais você poderá praticar inclusive a Psicografia com o seu anjo protetor.

Além de fornecer exercícios práticos, o Magia Prática dá as bases da filosofia Hermética, assim como orientações, descrições e muitas informações úteis para o verdadeiro explorador. E o melhor: ele pode ser encontrado facilmente na Internet.

Livro 2 – O Livro dos Médiuns de Allan Kardec

A leitura das obras clássicas da Doutrina Espírita são muito indicadas para quem deseja adentrar a fundo no tema da mediunidade. Isto é importante mesmo para quem não deseja seguir a doutrina, pois as obras da codificação espírita trazem um abordagem metódica e bastante vasta sobre o tema da mediunidade.

E uma das obras clássicas que mais trazem luz sobre a mediunidade no contexto espírita é o famosos Livro dos Médiuns, de Allan Kardec. Nesta obra fantástica você encontrará uma vasta explicação sobre a mediunidade e seus variados tipos e subdivisões.

Além desta obra fantástica, para quem deseja aprender mais sobre o assunto tendo as bases do conhecimento espírita, recomendamos que sejam lidas as outras obras básicas do Espiritismo:

  • O Livro dos Espíritos
  • O Céu e o Inferno
  • Evangelho Segundo o Espiritismo.

Exercícios para desenvolver a mediunidade sozinho

Vejamos agora os exercícios propostos no livro de Franz Bardon para que você desenvolva suas habilidades psíquicas e, consequentemente, desenvolva a mediunidade:

GRAU I

Vamos agora entrar na parte prática da iniciação.

Não devemos esquecer nunca que o corpo, a alma e o espírito devem ser instruídos simultaneamente, senão não seria possível obtermos a mantermos o equilíbrio mágico. Na parte teórica eu já indiquei várias vezes os perigos de uma instrução unilateral. Não é aconselhável apressar-se, tudo tem o seu tempo. Paciência, perseverança a determinação são condições básicas para o desenvolvimento. O esforço empregado na própria evolução será mais tarde amplamente recompensado. Quem quiser trilhar os caminhos da magia, deve assumir o dever sagrado de exercitar-se regularmente.

Instrução Mágica do Espírito (I)

Controle do Pensamento, Disciplina do Pensamento, Domínio do Pensamento

“Sente-se confortavelmente numa cadeira ou deite-se num divã.
Relaxe todo o corpo, feche os olhos durante cinco minutos e observe o curso dos pensamentos que você tenta fixar.

No início irá perceber que uma grande quantidade desses pensamentos precipitar-se-ão em sua mente, na sua maioria pensamentos relativos a coisas a situações do dia-a-dia, às suas atividades profissionais, suas preocupações em geral. Imagine-se na posição de um observador silencioso, totalmente livre a independente.

Conforme o estado de ânimo e a situação em que você se encontrar no momento, esse exercício será mais ou menos difícil de realizar. Não se trata de perder o curso do pensamento ou de esquecê-lo, mas de acompanhá-lo com atenção.

Devemos sobretudo evitar pegar no sono durante o exercício. Ao nos sentirmos cansados, devemos interromper o exercício imediatamente a adiá-lo para uma outra ocasião, quando então assumiremos o compromisso de não nos deixarmos dominar pelo cansaço.

Para não perder o seu tempo precioso, os indianos, por exemplo, borrifam ou esfregam água fria no rosto a no peito, a assim conseguem permanecer despertos. Algumas respirações profundas antes do exercício também eliminam e previnem o cansaço e a sonolência.”

“Com o tempo, o aprendiz descobrirá por si mesmo essas a outras pequenas medidas auxiliares. Esse exercício de controle do pensamento deverá ser feito de manhã e à noite, e a cada dia o seu tempo deverá ser prolongado em um minuto, para que em uma semana possamos acompanhar a controlar o curso de nossos pensamentos por no máximo dez minutos sem nos dispersarmos. Esse período de tempo foi determinado para o homem mediano, comum. Quem achá-lo insuficiente pode prolongá-lo de acordo com a própria avaliação.


De qualquer modo deve-se avançar com prudência, pois não há motivos para pressa; em cada pessoa o desenvolvimento ocorre de forma bastante individual. Mas não se deve, de jeito nenhum, seguir adiante antes de dominar totalmente o exercício anterior.

O aprendiz atencioso perceberá como inicialmente os pensamentos vão sobressaltá-lo, passando por sua mente em grande velocidade a dificultando a sua captação. Mas de um exercício a outro ele constatará que o caos inicial irá desaparecendo aos poucos a eles ficarão mais ordenados, até que só uns poucos surgirão na sua mente como que vindos de muito longe.

Devemos dedicar a máxima atenção a esse trabalho de controle do pensamento, pois ele é extremamente importante para a evolução mágica, o que mais tarde se evidenciará por si mesmo.” – Franz Bardon – Initiation into Hermetics

Como desenvolver a mediunidade sensitiva, intuitiva, de cura e mediunidade de vidente (Técnicas)

Com este exercício inicial nós somos introduzidos à meditação que contém a base de todas as outras técnicas. Não iremos transcrever o livro por inteiro, deixo para que o leitor tome esta iniciativa e dê este importante passo rumo ao conhecimento de si mesmo e ao domínio de suas capacidades psíquicas.

O trabalho de desenvolvimento mediúnico precisa estar apoiado sobre boas fundações para que possamos diminuir os riscos e fazer pleno uso destas habilidades. Portanto, não tenha pressa. Paciência é a chave, persistência também!

Você pode conferir nosso artigo onde explicamos Como desenvolver a mediunidade de cura.

Vale lembrar que no começo algumas práticas podem parecer entediantes e até mesmo bobas. No entanto, depois de algum tempo de dedicação, você perceberá um avanço muito grande e sentirá que seu esforço e dedicação foram recompensados.

Existem diversos caminhos que irão levá-lo ao domínio da mediunidade, mas nem todos eles serão os ideais para você. Por isso escolha o caminho mais adequado às suas necessidades. Sempre priorizando equilibrar a mediunidade para depois desenvolvê-la sem maiores perigos.

Afinal, após equilibrar sua mediunidade você deixará de sofrer com a manipulação dos espíritos malignos que usam suas habilidades mediúnicas contra você.

Caso você queira saber mais sobre a mediunidade a partir do ponto de vista espírita – que não é o foco desse artigo – recomendamos o vídeo abaixo. Nele, Divaldo Franco explica muito bem o assunto. Além disso, indicamos o seguinte site para estudo do tema: https://www.sbee.org.br/mediunidade/

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